Por um 2016 com menos expectativas de guardanapos

Foto hipster pra pagar de cool. É, eu sei que sumi e bem pareceu que estive num retiro espiritual (tamanha a leveza que eu trouxe pra J...

Foto hipster pra pagar de cool.
É, eu sei que sumi e bem pareceu que estive num retiro espiritual (tamanha a leveza que eu trouxe pra João Pessoa), mas na verdade passei as últimas semanas em São Paulo – um pouco isolada, é verdade, mas preciso relatar que me encontrei.

De onde eu vim (Recife), o ano só começa após o carnaval, então não vai ter nenhum FELIZ ANO NOVO pra vocês (ainda), desculpem. O lance é que estive meditando sobre as promessas para 2016 e listando todas em guardanapos, à espera de algum milagre à la novela-da-Gloria-Perez no horário nobre, pra que alguma delas se realizasse, indicando que meu ano seria mágico, hollywoodiano, et cetera e tal. 

Bem, alguma coisa aconteceu sim. Estava descendo a Rua Augusta no fim da tarde e segurando o tais guardanapos recém-escritos, mas desequilibrei na hora de atravessar um cruzamento e no susto acabei soltando todos eles. E o vento levou minhas promessas feitas com tanto capricho (ou não). Voou, já era, au revoir, bye.

Mas após alguns segundos paralisada olhando minhas promessas se afogarem na poça de chuva, tentei repassá-las na mente. O objetivo era tornar o caso ainda mais novelístico, só que percebi que seria uma novela bem meia-boca, porque me toquei que não lembrava sequer de 1/3 do que tinha escrito 20 minutos atrás. Não lembrava das minhas próprias metas, irônico. E foi nesse instante que eu pensei ~dane-se~, me conformei que esse ano ficarei sem aquelas metas mesmo.

Então foi aí que tive a ideia de parar de fazer metas e promessas à curto prazo. Decidi priorizar a Big Picture*, fazê-la se realizar é o principal, independente de quantos anos isso leve. Até que os guardanapos ajudaram no final – pelo menos isso.

No mesmo dia peguei outro guardanapo, só preciso de um pra botar os detalhes da Big Picture, pra ser bem sincera. Escrevi em uma possível ordem cronológica todos os meus sonhos e objetivos de vida. Percebi que há muito tempo eu não pensava neles à fundo, alguns eu tinha deixado na geladeira há anos – bizarro!

O que eu tô tentando dizer com essa baboseira toda? Que eu precisei me encontrar no caos de São Paulo pra perceber que eu não deveria fazer metas e promessas vazias pra adiar a Big Picture, meu grande objetivo de vida, por insegurança (sim, eu deixava ela na geladeira por medo). Ela vai acontecer, eu preciso direcionar meus esforços procrastinadores até lá, só isso – ok, até parece que é fácil assim, mas vamos em frente...

Se você esperava ler mais sobre os meus planos, sinto desapontar, mas não vai ser agora. Vou guarda-los bonitinhos dentro de mim e espero que, nesse ano ou nos próximos, vocês notem eles se realizando aos poucos. Uma feliz e produtiva nova fase pra mim, você, todo mundo. Segue o mantra:
Vamos lembrar que é mais do que um novo ano ou guardanapos com potencial hollywoodiano – ainda bem.


*Big Picture é um termo usado para explicar que o TODO é mais importante que uma PARTE. A Big Picture é o produto final, são todas as partes juntas. 

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2 comentários

  1. Nossa, me identifiquei tanto com isso... acho que eu também fico criando pequenas metas, ano após ano, por meto de ir atrás das minhas metas grandes. Preciso parar com isso, ser corajosa como você foi, de deixar os guardanapos simplesmente irem.

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  2. Migaaaa sua linda ❤️❤️❤️
    Que texto perfeito foi esse ? Me identifiquei demais, simplesmente amei.
    To te acompanhando em tudo agora !!'
    Beijos

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